sábado, 30 de maio de 2009

Moção de apoio do Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”

Moção de apoio do Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”

O Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”, apóia a Greve dos estudantes da FFC – Campus de Marilia
Marília, 6 de abril de 2009
Nós integrantes do Grupo de estudos e atuação de práticas subversivas “Moradas Comuna”, declaramos todo apoio ao movimento de Greve e Ocupação d@s estudantes da Unesp de Marília, bem como a todas as formas de mobilizações que vêm sendo utilizadas de maneira bem articulada, frente a uma pauta de reivindicações que consideramos como demandas históricas que necessitam ser atendidas.
Como estudantes de universidades públicas que vem sofrendo intenso processo de precarização das condições de estudo dos estudantes e de trabalho d@s Funcionári@s e professores/ as, entendemos com legítima a luta travada por meio da Greve e ocupação do prédio de sala de aulas da FFC - Marília.
Nesse período de crise mundial devemos ainda posicionarmos CONTRA AS DEMISSÕES, exigindo QUE OS RICOS PAGUEM PELA CRISE ECONÔMICA MUNDIAL.
A pauta apresentada pelo movimento de ocupação assume maior importância ainda se considerarmos os ataques que o ensino público superior vem sofrendo nesse período de contra-reformas, onde se suprime direitos sociais conquistados com muita luta, o ataque a tais direitos, empreendidos pelo governo, pelas reitorias e apoiados por diretorias da UNESP, afetam diretamente o caráter social da Universidade brasileira.
Apoiamos a ocupação da Unesp-Marília para o atendimento imediato da pauta apresentada pelos estudantes:
PAUTA DE REINVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP CAMPUS MARÍLIA
Contra o PDI: pelo fim de seus trâmites nos órgãos da Universidade

Contra a UNIVESP: pelo fim do convênio entre UNESP e Secretaria de Ensino Superior

Educação não é mercadoria: estatização, sem ressarcimento, das universidades particulares como forma de sanar a falta de acesso ao ensino superior.

Contra a repressão:
Solidariedade a greve dos trabalhadores da USP: pela imediata readmissão do camarada Brandão
pelo fim das sindicâncias na UNESP, USP e UNICAMP

Por democracia de fato nos espaços de decisão da universidade:
— Paridade de voto às eleições para Diretoria e Reitoria
— Paridade nos órgãos deliberativos; Conselho Universitário e Congregação

Pela imediata incorporação dos trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade

Pela contratação de mais professores/as

Pela contratação de mais funcionári@s

Por uma política efetiva de Permanência Estudantil:
— Por mais bolsas BAAE: com número mínimo de 260 bolsas, com encampamento pela reitoria das bolsas BAAE oferecidas pela iniciativa privada— Bolsa BAAE de pelo menos um Salário Mínimo— Por mais vagas na Moradia Estudantil
— Por mais bolsas alimentação com caráter socioeconômico, vinculadas à bolsa-moradia, auxilio aluguel e bolsa BAEE
— Pelo aumento da quantidade de refeições servidas no restaurante Universitário, com proporcional aumento do número de funcionários
— Pelo Restaurante à noite já
— Por formulários de Moradia e Bolsa BAAE para estudantes de Terceira Chamada em diante.
— Bolsa Moradia para Pós-Graduandos (ordem de prioridade: graduandos –> graduados –> pós-graduandos)
— Aumento do número de vagas no CCI

Pela adequação da estrutura física da faculdade para pessoas portadoras de deficiência (em todos os seus espaços)
Pela ampliação do Anfiteatro

Pela ampliação da Biblioteca

Pela criação de espaços de convivência estudantis adequados

Pela contratação de odontologista para UNAMOS e atendimento geral na área de ginecologia (não somente preventivo)

Pela transferência do CEES para o Campus I, para que os alunos sejam atendidos por médicos (necessidades básicas), além do centro de estudos para os cursos que estão em estágio

Entendemos que o aumento do repasse de verbas, assim como contratação de professores e funcionários e as políticas de permanência estudantil se fazem necessários para a manutenção do ensino público e de qualidade e acessível à maioria da sociedade. Devemos consolidar mecanismos que garantam que a pequena porcentagem de estudantes brasileiros oriundos das fileiras da classe trabalhadora que adentram o ensino superior público possa permanecer na universidade.Por isso delegamos toda legitimidade a luta d@s estudantes. Justamente por tal legitimidade, expressamos aqui nosso repúdio em relação a qualquer postura repressiva que possa ser adotada pela Direção da Faculdade ou pela Polícia Militar para retirada forçosa dos estudantes em movimento de ocupação, pois entendemos que a ocupação estudantil é sempre desencadeada quando a Direção das Unidades e a Reitoria da Unesp não respondem as demandas dos estudantes. Assim é legitima a Greve e ocupação, são ferramentas de luta, e devem ser utilizadas sempre que as demandas estudantis não forem atendidas.Queremos fazer notório que necessitamos unificar o movimento no intuito de fortalecer as discussões sobre as pautas estudantis para 2009. Atos unificados devem continuar a serem planejados. Nesse sentido, não seria equivocado considerar que está é apenas mais uma ocupação das Universidades Públicas em 2009. Não devemos parar por ai: se os Estudantes não são ouvidos, não tendo suas demandas atendidas, responderemos com mais Greves e Ocupações!OS CAMARADAS DA UNESP DE MARÍLIA SÃO CERTAMENTE UM EXEMPLO DE MOBILIZAÇÃO E DE LUTA A SER SEGUIDO.
TODO APOIO A OCUPAÇÃO!

Moradas Comuna

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